A primeira utilização das maquetes cirúrgicas ocorreu em maio de 2024. Uma paciente SUS teve o diagnóstico de um tumor raro no céu da boca, chamado de sarcoma de palato. Em busca de realizar uma cirurgia precisa, com menos riscos e que mantivesse ao máximo a qualidade de vida da paciente, o Médico Cirurgião de Cabeça e Pescoço, Lucas Brandão, entrou em contato com o Espaço Maker para propor um projeto novo: imprimir um crânio em 3D que pudesse ser utilizado como estudo cirúrgico.
A ideia surgiu a partir das experiências que o médico teve em estudos no Hospital de Amor de Barretos. Segundo o médico, com as impressões em tamanho real do crânio do paciente, foi possível estudar como seria realizada a palatectomia parcial de maneira mais precisa, menos incisiva e também planejar o pós-operatório.
Assim que a demanda chegou ao Espaço Maker do CTP, o vetor dedicado à inovação e prototipagem, o Maker Jhonnathan Ferreira buscou estudar e desenvolver o protótipo necessário. Com os resultados de duas tomografias da paciente, uma simples e outra de alta qualidade, Jhonnathan modelou e imprimiu o protótipo do crânio em menos de uma semana.
O primeiro protótipo possibilitou, além do planejamento, a preparação antecipada da prótese, com base no modelo impresso, dando mais qualidade de vida à paciente após a cirurgia. Segundo o Hospital, o uso do molde não só aumentou a eficiência da cirurgia, como também reduziu o tempo operatório em cerca de uma hora e meia.
A experiência com o primeiro protótipo foi um sucesso e impactou também no processo de recuperação da paciente, que foi reduzido em mais de um terço do tempo usual. Dada a eficiência do uso das maquetes, outras demandas já foram atendidas e agora já são 8 pacientes SUS beneficiados com a parceria.
Atualmente, além da impressão das maquetes, estão sendo desenvolvidas próteses e órteses para o pós operatório de alguns casos, que devolvem funcionalidade e estética às regiões afetadas pelos tumores.




